Google vai sinalizar resultados de busca como verdadeiros ou falsos

Google vai sinalizar resultados de busca como verdadeiros ou falsos

Detalhes:

Em mais de um exemplo de uma empresa de grande porte agindo contra a disseminação de notícias falsas, o Google vai acrescentar uma indicação de fact-checking (verificação de fatos) nos resultados de buscas em sua seção geral e na de notícias, informou a gigante das buscas.
Assim, ao fazer uma busca no Google, a pessoa verá, ao lado de resultados que passaram pela checagem de fatos, uma indicação de que aquela história é “falsa” ou “basicamente verdadeira”.
A medida é tomada após uma série de críticas pressionando a empresa para policiar o conteúdo que mostra em seus resultados, e também depois de ações de outras companhias buscando combater as notícias falsas.
Para a tarefa, o Google trabalha em parceria com mais de cem empresas jornalísticas e grupos de fact-checking, entre os quais estão Associated Press, BBC, “The New York Times”, “Washington Post”, PolitiFact e Snopes.com. Junto aos resultados que passaram pela verificação, serão exibidos o nome da pessoa ou grupo por trás daquela avaliação e seu veredito.
“Esses verificadores de informações não são do Google e são apresentados às pessoas para que elas possam fazer julgamentos mais informados”, disse a empresa em um post no seu blog. “Mesmo que conclusões diferentes possam ser apresentadas, achamos que ainda será útil para as pessoas entenderem o grau de consenso em torno de uma questão em particular e para terem informação clara sobre quais fontes concordam”.
Embora qualquer empresa que publique conteúdo possa se inscrever para as checagens de fatos, serão os algoritmos do Google que determinarão se a avaliação das organizações será exibida ao lado dessas histórias ou não, informou uma porta-voz da companhia. O plano é reservar essa sinalização para resultados sobre queixas públicas a respeito de fatos e não de opiniões.
As notícias falsas entraram no alvo das críticas públicas após sua disseminação na internet ser apontada como um dos fatores-chave para a vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana. As críticas se concentraram no Facebook, mas o Google não ficou imune a questionamentos. Houve quem apontasse para várias instâncias de artigos imprecisos e enganosos sendo exibidos em resultados de buscas.
O Google não está pagando pelo serviço das empresas de fact-checking e, segundo uma porta-voz da gigante das buscas, não vai alterar a posição em que aparecem resultados que tenham sido verificados.


Fonte: PEGN.